quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Caracterização de Pedro Sem

A caracterização de personagens deve ser um texto estruturado e completo. Assim, aqui ficam dois exemplos da caracterização do protagonista da Lenda de Pedro Sem (p. 91 a 93 do Manual Paratextos).

1º passo
- Retirar expressões do texto que caracterizam a personagem e seu significado
2º passo
- Organizar as informações de uma forma lógica – plano de pré-escrita
3º passo
- Redigir/Escrever o texto – introdução (apresentação da personagem/tema que vai ser tratado); desenvolvimento (caracterização com justificação e levantamentos textuais comprovativos); conclusão (síntese com referência à(s) característica(s) mais relevantes/importantes)
4º passo
- Reler a resposta e corrigir erros ortográficos, de pontuação, de sintaxe, substituir palavras que estejam repetidas, etc...


Informações:
- “...Torre da Marca e o palácio do grande comerciante e armador Pedro...” – homem de grande poder económico;
- “Pedro tinha ganho enorme fortuna com a sua frota que fazia a carreira comercial do Brasil e da África” – tem um monopólio comercial, é muito rico
- “Cada ano, os barcos eram mais e Pedro estava muitas vezes milionário” - é muito rico
- “Resolveu retirar-se” – decisão de Pedro - parar de trabalhar por estar velho - “últimos anos da vida”
- “... porque era a última, Pedro empenhou todos os seus recursos e créditos” – investiu tudo na última viagem
- “Todas as manhãs, o comerciante subia à Torre da Marca” – preocupação, ansiedade face ao atraso no regresso dos seus barcos
- “Finalmente! Agora, nem Deus nem o Diabo poderiam tirar-me a minha fortuna!” – excesso de confiança, celebração antecipada
-“Pedro impaciente fez-se amarrar a uma delas” – ambição, ganância, persistência, teimosia
- “Pedro, abatido pela desgraça, teve que vender a propriedade e tudo o que lhe restava” – ficou na miséria, teve que vender o que tinha para pagar dívidas
- “soberbo comerciante, já velho, viu-se forçado a mendigar pelas ruas da cidade” – alteração do seu estatuto social, transformou-se num mendigo devido à sua ganância

Organização
1 - homem de grande poder económico, possui uma “enorme fortuna”, já que tem o monopólio comercial entre Portugal “Brasil e [...] África”, exatamente por isso detém a “Torre da Marca e o palácio” adjacente;
1.1 - a sua riqueza era cada vez maior, por isso se afirma que “Cada ano, os barcos eram mais e Pedro estava muitas vezes milionário.”
2 – Pedro decide “retirar-se” por já estar nos “últimos anos da vida”
2.1. – Contudo resolve fazer uma última viagem, para a qual “empenhou todos os seus recursos e créditos” – investiu tudo na última viagem
3 - “Todas as manhãs, o comerciante subia à Torre da Marca” – preocupação, ansiedade face ao atraso no regresso dos seus barcos
4 - “Finalmente! Agora, nem Deus nem o Diabo poderiam tirar-me a minha fortuna!” – excesso de confiança, celebração antecipada
5 -“Pedro impaciente fez-se amarrar a uma” das “ameias” – ambição, ganância, persistência, teimosia
5.1. - “Pedro, abatido pela desgraça, teve que vender a propriedade e tudo o que lhe restava” – ficou na miséria, teve que vender o que tinha para pagar dívidas
5.1.1- “soberbo comerciante, já velho, viu-se forçado a mendigar pelas ruas da cidade” – alteração do seu estatuto social, transformou-se num mendigo devido à sua ganância

Resposta
            Pedro é o protagonista da “lenda de Pedro Sem”  e um dos proprietários da “Torre da Marca” situada no Porto, especificamente nas margens do rio Douro. (introdução)
            Esta personagem é um homem de grande poder económico, por isso possui uma “enorme fortuna”, já que tem o monopólio comercial entre Portugal, “Brasil e [...] África”. A sua riqueza era cada vez maior, por essa razão se afirma que “Cada ano, os barcos eram mais e Pedro estava muitas vezes milionário”. Por já ter uma certa idade, Pedro decide “retirar-se”, contudo resolve fazer uma última viagem, para a qual “empenhou todos os seus recursos e créditos”.  Face ao atraso no regresso dos seus barcos, o comerciante mostra extrema preocupação e ansiedade, subindo “todas as manhãs, [...] à Torre da Marca”, a fim de verificar se a sua frota chegava ou não. Quando os barcos chegam, Pedro revela excesso de confiança ao celebrar antecipadamente este regresso, assim, “[vocifera]” “Finalmente! Agora, nem Deus nem o Diabo poderiam tirar-me a minha fortuna!”, julgando-se mais poderoso do que Deus. Como repentinamente existiu uma tempestade que ameaçou a sua frota, o comerciante mostra toda a sua persistência, teimosia, mas também ambição, ganância ao se fazer “amarrar a uma” das “ameias” da Torre. Por ter perdido toda a sua fortuna, ficou na miséria e teve que vender o que tinha para pagar dívidas.  (Desenvolvimento)
            Em suma, Pedro, que era um “soberbo comerciante”, acabou a sua vida “forçado a mendigar pelas ruas da cidade”, devido à sua ganância excessiva. (Conclusão)

7ºB (2016-2017)

Organização – Plano de pré-escrita (2º passo)
1 - homem de grande poder económico, possui uma “enorme fortuna”, já que tem o monopólio comercial entre Portugal “Brasil e [...] África”, exatamente por isso detém a “Torre da Marca e o palácio” adjacente, propriedade que pertencia sempre a famílias poderosas e influentes;
1.1. - a sua riqueza era cada vez maior, por isso se afirma que “Cada ano, os barcos eram mais e Pedro estava muitas vezes milionário.”
2 – Pedro decide “retirar-se” por já estar nos “últimos anos da vida” e usufruir da sua riqueza;
            2.1. – Contudo resolve fazer uma última viagem, para a qual “empenhou todos os seus recursos e créditos” – investiu tudo na última viagem;
3 - “Todas as manhãs, o comerciante subia à Torre da Marca” – preocupação, ansiedade face ao atraso no regresso dos seus barcos;
4 - “Finalmente! Agora, nem Deus nem o Diabo poderiam tirar-me a minha fortuna!” – excesso de confiança, celebração antecipada que constitui uma blasfémia;
5 -“Pedro impaciente fez-se amarrar a uma” das “ameias” – ambição, ganância, persistência, teimosia;
            5.1. - “Pedro, abatido pela desgraça, teve que vender a propriedade e tudo o que lhe restava” – ficou na miséria, teve que vender o que tinha para pagar dívidas;
                        5.1.1- “soberbo comerciante, já velho, viu-se forçado a mendigar pelas ruas da cidade” – alteração do seu estatuto social, transformou-se num mendigo devido à sua ganância.

Resposta (3ºpasso)
(Introdução)
            Pedro, grande comerciante do Porto, é a personagem principal da “lenda de Pedro Sem”.
(Desenvolvimento)
            Pedro era um homem com um grande poder económico, já que possuía uma “enorme fortuna”, tendo o monopólio comercial entre Portugal, “Brasil e [...] África”, exatamente, por isso, detinha a “Torre da Marca e o palácio” adjacente, propriedade que pertencia sempre a famílias poderosas e influentes. A sua riqueza era cada vez maior, daí se afirmar que “[c]ada ano, os barcos eram mais e Pedro estava muitas vezes milionário.”.  Por já estar nos “últimos anos da vida” e querer usufruir da sua riqueza, ele decide “retirar-se”, contudo resolve fazer uma última viagem, para a qual “empenhou todos os seus recursos e créditos”, ou seja, investiu todo o seu dinheiro. O atraso no regresso dos seus barcos fez com que o comerciante se mostrasse preocupado e ansioso, motivo pelo qual “[t]odas as manhãs, [...] subia à Torre da Marca”, a fim de conseguir ver se a sua frota chegava ou não. Quando os navios começaram a chegar à barra, a sua alegria foi tal que gritou: “Finalmente! Agora, nem Deus nem o Diabo poderiam tirar-me a minha fortuna!”, o que é ilustrativo do seu excesso de confiança, já que está a fazer uma celebração antecipada. Esta afirmação  constitui uma blasfémia, na medida em que Pedro Sem se considera superior a Deus e ao Diabo. Devido à tempestade, Pedro revelou a sua impaciência, ambição, ganância, persistência e teimosia ao fazer-se “amarrar a uma” das “ameias”, de modo a não deixar de ver e, de alguma forma controlar, a sua frota. “Pedro, abatido” pela perda dos seus barcos teve que vender tudo, ficando na miséria. Assim, “viu-se forçado a mendigar pelas ruas da cidade”, existindo uma alteração do seu estatuto social.
(Conclusão)
Em suma,  a personagem principal desta lenda manifesta uma tal ganância e soberba que acaba por perder toda a sua fortuna, transformando-se num mendigo, motivo pelo qual é conhecido por “Pedro Sem”.

7º C (2016-2017) 

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